Reformular a igreja e assumir culpas, pedir perdão e manter cumplicidades





Não é no "admitir" que está o ganho. E estamos a dever terapias à verdade, seja nua e crua, seja bordada a diamantes e ouro. A verdade é relativa, de acordo com a teoria da relativização.
Os dogmas mantêm-se e os motivos para perpetuar crimes de que a igreja, em si mesma se penitência, aliviava em muito se permitíssemos a mortalidade e a humanidade aos padres. Os padres, ao contrário do que muitos católicos pensam, foram concebidos no ato de amor (sexo, acasalamento, perpetuação de espécie) entre homem e mulher, nascendo providos das mesmas necessidades orgânicas, psicológicas, sociais, políticas e económicas de todo o ser humano. A perspetiva biopsicossocial de olhar o outro e o mundo deveria ser a mesma, quando olhamos os clérigos, os seminaristas e futuros padres, os homens da Igreja, os representantes de Deus, através da palavra. Afinal, onde reduzir ou sanar a questão deste crime que paira sobre a igreja da maioria? Uma igreja que veta o uso de contracetivos, que abomina a interrupção da gravidez, que condiciona o homem à sua condição acidental, sujeito a doenças venéreas? Poderá o homem libertar-se dessas condições patológicas através do perdão pedido e sentido a Deus pai todo-poderoso? Ainda não existe julgamento divino na terra. Elevemos o nosso pensamento a Deus e olhemos de frente a igreja da modernidade. E qualquer homem que se erga contra o tradicionalismo, o conservadorismo e os dogmas da Santa Madre Igreja será excomungado. Deus, diz-me, para quando a humanidade urgente?

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